A fé é o nível mais elevado que o homem pode atingir. Compreender que acima do ser humano existe um Deus significa aceitar o ciclo vital como algo superior a ele mesmo e que a vida deve ser respeitada. Perguntas como quem sou, de onde vim, para onde vou só a fé pode responder.
Diante das situações limites como a morte, as limitações humanas, o inesperado o que é o homem sem a fé? A fé se desenvolve ao longo do desenvolvimento do homem. Entre a fé indiferenciada de um bebê e a fé madura de um adulto existe um caminho que não está pronto, mas deve ser traçado, construído, experimentado e revisto.
Essa construção acontece em cada etapa do desenvolvimento da criança por meio de suas experiências e relacionamentos. A experiência de confiar abrange a relação com quem cuida da criança. É a base para abrir-se ao encontro como o outro e com Deus.As sementes da confiança, coragem, esperança e amor são plantadas no ser humano junto com o leite materno, fundem-se de uma forma indiferenciada nas experiências vivenciadas desde o ventre da mãe.
Logo, o amor é a primeira forma de evangelizar: a criança amada terá muito mais facilidade de confiar em si, nos outros e em Deus. Já a criança pequena que sofre privações como ameaças de abandono, rejeição e inconsistências, terá dificuldades em acreditar.
Esta fase está relacionada a tudo que virá acontecer mais tarde no desenvolvimento da fé. É a confiança básica, nas bases da estrutura emocional do ser humano, que permitirá, depois, com muito mais facilidade, uma entrega total a Deus.
Se compararmos o ser humano a uma árvore, o que recebemos na primeira infância, podemos chamar de “tronco”, o que vem depois, são somente galhos e enxertos. Logo, a eficácia da evangelização de uma criança está relacionada com a coerência em que nós, pais e educadores, vivemos o que pregamos e no amor que a ela dedicamos.
Hyde Flávia - Coord. Nacional do ministério para as crianças RCC